Terça-feira, 10 de Fevereiro de 2009

Duocromático

 

 

Para mim, este é o preto e branco. Sou às vezes o pontinho no meio. Quando é preciso para os outros.

Nos últimos meses passei por uma fase yin, com o seu ponto yang bem visível. Culminou num acontecimento que teve lugar quinta-feira passada e que será aqui mencionado mais tarde. Catarse, talvez possa dizer-se. Porque às vezes é mais fácil a demolição total do que a reconversão de qualquer edifício (diz-se assim, senhor engenheiro?). E todos nós somos edifícios. Bem ou mal construídos, que podem melhorar as funcionalidades durante o tempo de utilização mas nos quais o tempo vai também, e inevitavelmente, deixando as suas marcas.

 

Talvez esteja a ficar bipolar e só agora que se aproxima a Primavera consegui reunir a força que me permite entrar na fase yang. Talvez...

Seja como for, ainda bem. Cansei durante estes meses. Os outros, mas sobretudo a mim própria.

 

Preto e branco? Pode ser. A busca incessante do equilíbrio é que traz sempre o cinzento....

 

 

PALAVRAS:
BY WORDLESS às 01:33
| PALAVRAS TUAS?
2 comentários:
De bastardinha a 10 de Fevereiro de 2009 às 23:14
De bastardinha a 10 de Fevereiro de 2009 às 23:18
este sapo é parvo não me deixa apagar os comentários que faço e que correm mal.

fica a outra opção:

http://www.youtube.com/watch?v=P7mHf-UCZp0

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acbou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado


Chico Buarque, Construção

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