Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
não posso adiar o coração
Poema de António Ramos Rosa, musicado pelo projecto Linha da Frente
(também a propósito da partida do João Aguardela... - aos 39 é sempre muito cedo - ...
vale a pena visitar A Naifa)
nota: eu sei, o vídeo é de gosto gráfico muito duvidoso, mas foi o único que encontrei!